Revista Eletrônica do Programa de Bolsas - Edição ZERO

Revista: Edição ZERO | Ano: 2022 | Corpo Editorial: Editorial | Todas edições: Todas
ISSN: 2966-4020
Percepção de docentes e discentes quanto ao ensino remoto/EAD de biociências na pós-graduação durante a pandemia: lições aprendidas para a construção de uma nova forma de ensino
Bolsista: ALESSANDRA CONTI GOMES DE SOUZA
Orientador(a): Alessandra Melo de Aguiar
Resumo: Considerando a situação emergencial atual de pandemia causada pelo SARS-CoV-2, que ocasionou uma série de mudanças comportamentais, entre elas a mais marcante de isolamento social e suspensão das aulas presenciais em todas as esferas da educação, que impulsionou a adaptação do ensino para formato remoto/EAD. Este projeto visa desta forma avaliar o cenário e percepção do ensino online entre docentes e discentes da área de biociências e auxiliar na construção de cursos mais adaptados ao novo cenário da educação mundial. Na primeira fase do projeto, foi realizada uma revisão de literatura focando nas ferramentas de EAD/ensino remoto para pós-graduação na área de biociências. Com essa revisão em vista foi realizada a construção do projeto, definindo as principais bibliografias a serem trabalhadas. Foi elaborado, também, o projeto para o Comitê de Ética (CEP), com três questionários direcionados a discentes e docentes de pós-graduação, com a finalidade de aplicação e análise de resultados de pesquisa quantitativa/qualitativa quanto ao ensino remoto/EAD. O projeto foi submetido e aprovado pelo CEP/FIOCRUZ pela Plataforma Brasil. O subprojeto do bolsista visou realizar revisão sistemática relativa ao tema da pesquisa, onde foi feito todo planejamento, a definição das bases de dados, palavras chaves e operadores, além da definição de 5 critérios de inclusão e 5 questões norteadoras. A partir da pesquisa das palavras-chave nas bases de dados, foram encontrados 188 artigos, excluindo-se os repetidos, 173 artigos foram analisados quando os critérios de inclusão e exclusão, resultado em 55 artigos que passaram pela etapa de seleção com aplicação dos critérios de inclusão, baseada na leitura do título, abstract e materiais e métodos. A próxima etapa do subprojeto do bolsista, inclui a conclusão da construção da revisão sistemática que consiste na leitura completa e avaliação das questões norteadoras. Os dados compilados da análise, serão organizados e submetidos para publicação em revista indexada. Outras etapas do projeto, como acompanhar a aplicação dos questionários e análise de dados a partir dos questionários respondidos pelo público alvo dessa pesquisa serão realizadas na continuidade do projeto da mesma forma que as etapas relativas a acompanhamento da elaboração de material didático, gravação e edição de vídeos e acompanhamento da oferta de disciplinas a serem realizadas no segundo semestre de 2022 e/ou 1º semestre de 2023. Os resultados obtidos tanto com a revisão sistemática quanto da pesquisa serão utilizados para subsidiar o desenvolvimento de curso(s) na modalidade remota/EAD nas áreas de citometria de fluxo e/ou cultivo celular, de acordo com o que for mais bem aplicado para ensino do(s) curso(s). Seguindo a Taxonomia de Bloom. Neste curso serão empregadas atividades, com ênfase no desenvolvimento cognitivo, com a atribuição de recursos digitais e metodologias de alinhamento construtivo, buscando o equilíbrio entre as atividades assíncronas e síncronas. Adicionalmente, o material a ser produzido seguirá a política de recurso educacional aberto, onde no subprojeto de pesquisa do bolsista, será avaliada a necessidade de seleção e construção de instrumentos próprios como videoaulas, infográficos, imagens ilustrativas, etc. A partir do material do(s) curso(s), será realizado o processo seletivo dos alunos. Além do monitorando da(s) turma(s), por questionários, e acompanhamento de fóruns, aulas ao vivo e questões diversas, para posteriormente analisar os dados, avaliando quanto a qualidade do(s) curso(s) disponibilizado(s). Conforme a apresentação dos resultados, será elaborado artigo(s) científico(s) ou de revisão, além da apresentação de resultados na reunião anual de iniciação científica da FIOCRUZ (RAIC) e participação de congressos de EAD.
Associação do polimorfismo no gene da enzima conversora de angiotensina (ACE, ACE2) e no gene HLA-G com a gravidade da COVID-19 na gestação.
Bolsista: Maria Eduarda Nascimento Silva
Orientador(a): Norma Lucena Cavalcanti Licinio da Silva
Resumo: Associação do polimorfismo no gene da enzima conversora de angiotensina (ACE, ACE2) e no gene HLA-G com a gravidade da COVID-19 na gestação. Maria Eduarda Nascimento Silva, Mauro César da Silva, Norma Lucena Cavalcanti Licínio Silva. Instituto Aggeu Magalhães, Departamento de Imunologia, Laboratório de Imunogenética. A COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2), que apresenta alta transmissibilidade. A gravidade da COVID-19 está associada a comorbidades, como hipertensão, diabetes e obesidade, e possivelmente fatores genéticos. Na gravidez, o corpo sofre modificações físicas, fisiológicas e imunológicas, incluindo a regulação do HLA-G, que reduz a resposta imune promovendo a tolerância materno-fetal. Alteração na expressão do gene HLA-G na placenta estão associadas à pré-eclâmpsia (PE), cujos fatores de risco se sobrepõem aos da COVID-19. Ademais, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), uma proteína de membrana presente em células do trato respiratório e na placenta, que participa na regulação da pressão arterial, atua também como receptor para o SARS-CoV-2. Na gestação, a expressão de HLA-G pode inibir ou diminuir a ação de patógenos como mecanismo de defesa, mas variantes genéticas do HLA-G podem diminuir sua expressão, deixando o órgão mais vulnerável a infecção pelo SARS-CoV2, pois é rica nos receptores ACE. O presente estudo tem como objetivo: Avaliar a relação entre polimorfismos nos genes ACE2 e HLA-G com a gravidade da COVID-19 na gestação. Foram coletadas 744 amostras sanguíneas, considerando grupo controle e grupo alvo, essas amostras foram processadas, levando a separação das células mononucleares do sangue periférico (PBMC) por gradiente de densidade; o DNA genômico vem sendo extraído, através do DNAZOL, para amplificação da 3’ UTR do gene HLA-G, com primers DONG 8F [0,5] pmols e DONG R [0,5] pmols. O material amplificado foi observado em gel de agarose 2%, revelado por sybr SAFE, e o produto de PCR seguiu para realização do sequenciamento tipo SANGER. Será ainda realizada a avaliação de polimorfismos no gene ACE2, seguida de análises estatísticas para verificar se há de fato a influência desses polimorfismos na gravidade da doença em mulheres gestantes. Apoio: FACEPE, FIOCRUZ, CNPq.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE DROGARRESISTENTE (TB-DR): ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS REGIÕES DO BRASIL
Bolsista: Caroline Millon
Orientador(a): Karen Machado Gomes
Resumo: Introdução: A tuberculose (TB) permanece um grave problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os 30 países com mais alta carga de TB e coinfecção TB-HIV, sendo considerado prioritário no controle da doença pelo mundo. O entendimento do comportamento da TB no Brasil é necessário para orientação de medidas visando o melhor controle dessa doença endêmica no país. Objetivos: Analisar a tendência dos casos de TB no Brasil, assim como por estado da federação, no período de 2010 a 2021. Elaborar um boletim epidemiológico acerca do comportamento da doença em 2021. Metodologia: Foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo baseado em dados secundários de Tuberculose (TB) extraídos do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados selecionados foram importados na forma de tabulações geradas através do aplicativo TabNet desenvolvido pelo DATASUS. O período analisado foi entre 2010 e 2021. As tabulações foram criadas a partir da seleção da opção do ano de interesse na opção "Períodos Disponíveis", além do cruzamento das variáveis de interesse que compuseram as linhas e colunas das tabelas. As variáveis de interesse incluídas foram "Tipo de Entrada"; "UF de residência"; "Ano Diagnóstico"; "Sexo"; "Raça"; "Forma pulmonar"; "HIV"; "TARV"; "Teste rápido molecular" e "Situação encerrada". Novas tabelas foram criadas de acordo com o ano analisado e as UFs. As proporções anuais de casos novos de TB (numerador: casos novos; denominador: população pelo censo IBGE 2010; fator de multiplicação: 100.000) e as proporções anuais de óbitos por TB (numerador: óbitos por TB; denominador: população pelo censo IBGE 2010; fator de multiplicação: 100.000) das Unidades da Federação (UFs) e do Brasil foram calculadas. Foi calculada a proporção das variáveis "sexo", "raça", "forma pulmonar" e "teste rápido molecular" entre os casos novos de TB por ano de interesse no país (numerador: variável de interesse em número absoluto; denominador: número de casos novos por ano de interesse; fator de multiplicação: 100). Os resultados levantados no ano de 2021 foram utilizados para o desenvolvimento do relatório para o boletim epidemiológico de TB da Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP/FIOCRUZ). Resultados: A partir da análise de dados atualizados no período 2020-2021, observou-se que o coeficiente de incidência da doença no país sofreu redução, contrariando a tendência de aumento observada desde 2017 até 2019. Em 2021, o Brasil registrou 67.292 casos novos de TB com um coeficiente de incidência de 35,28 casos por 100 mil habitantes. Neste ano, o perfil epidemiológico dos casos novos da doença manteve-se elevado entre o sexo masculino (68,68%). As raças preta e parda mantiveram-se as mais prevalentes, representando 62,09% dos casos novos. Em relação a estratificação por regiões, a região Norte apresentou a maior incidência (66,05), seguido do Sudeste (38,83) - única região que sofreu aumento do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes em 2021 quando comparada aos anos anteriores (+0,11). Em 2021, o Amazonas permaneceu com a maior taxa de incidência, 87,60 por 100.000 habitantes. O estado do Rio de Janeiro apresentou a segunda maior incidência (70,49/100 mil habitantes). Em relação à mortalidade foram registrados 2.614 óbitos em decorrência da TB, que equivale a um coeficiente de mortalidade de 1,37 óbitos por 100 mil habitantes. Onze estados apresentaram coeficiente de mortalidade por TB próximo ou superior ao coeficiente do país. Em 2021, foram registrados 5.717 casos novos de TB com coinfecção com HIV (8,19%). Dentre os casos novos de coinfecção TB-HIV, em 2021, apenas 47,01% realizaram TARV durante o tratamento de TB. Os estados que apresentaram maiores proporções de coinfecção TB-HIV foram Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco. Dos casos novos pulmonares, 47,36% foram diagnosticados pelo Teste Rápido Molecular (TRM-TB). 4.729 indivíduos abandonaram o tratamento de TB e 12,4% desses eram casos de TB sensível. Conclusão: Os indicadores de TB no Brasil do período 2020-2021, contrariando a tendência mundial indicada pela OMS, apresentaram queda na incidência e na mortalidade. É possível que os dados tenham sofrido subnotificação no diagnóstico e notificação, em decorrência da alta demanda do sistema de saúde pela pandemia.
Avaliação de candidatos a pró-fármacos ativados por nitro-redutase do tipo I sobre Leishmania infantum
Bolsista: MILENA BELLONI CAVALCANTE DA SILVA
Orientador(a): Valter Viana de Andrade Neto
Resumo: Os nitroderivados foram amplamente utilizados como agentes antimicrobianos na década de 1940, mas evidências de seus efeitos tóxicos e mutagenicidade levaram a uma redução no seu uso nas décadas seguintes. Porém, com um entendimento maior do mecanismo de ação dessas substâncias, se percebeu que vários nitroderivados não são tóxicos como imaginado. Uma triagem com 700 nitroderivados realizada pelo DNDi resultou na redescoberta do fexinidazol, um nitroimidazol que tinha apresentado atividade contra Trypanosoma brucei há mais de 30 anos. O fexinidazol atualmente encontra-se em fase de testes pré-clínicos de fase II/III para tripanossomíase africana e tem demonstrado potencial como futuro tratamento para leishmaniose visceral. O alicerce que possibilitou esses avanços foi o conhecimento do papel de uma classe de enzimas conhecidas como nitro-redutases (NTRs). As NTRs do tipo I catalisam a reação de redução de nitroderivados, transferindo 2 elétrons a partir de NADH, formando hidroxiaminas. Essa classe de enzimas só está presente em procariotos e alguns eucariotos inferiores, como os tripanossomatídeos. Por sua distribuição diferenciada, as NTRs do tipo I são consideradas bons alvos para a quimioterapia. De fato, muitos nitroderivados na realidade são pró-fármacos, que dependem da redução pelas NTRs do tipo I dos seus microorganismos-alvo para serem ativadas e serem efetivas, conferindo a eles seletividade. Recentemente, foi descrita e caracterizada a NTR I em diferentes espécies de Leishmania. Também já é bem descrita a relação entre a expressão de NTR I e a susceptibilidade aos nitroderivados. Cepas de Leishmania spp. que superexpressam a NTR I são mais susceptíveis ao fexinidazol. É objetivo do presente projeto avaliar uma biblioteca de nitroderivados planejados através de técnicas de química medicinal, inicialmente como substratos para a NTR I de Leishmania infantum em ensaios enzimáticos, em seguida sua atividade leishmanicida in vitro e in vivo e, finalmente, comprovar o mecanismo de ação utilizando parasitos superexpressando a NTR I.
Sequenciamento de nova geração e análise filogenética como ferramentas na revelação da diversidade do gênero Trypanosoma
Bolsista: DANIELA GOMES DA SILVA
Orientador(a): MARIA AUGUSTA DARIO
Resumo: A família Trypanosomatidae é constituída por protozoários parasitas diversificados, sendo composta por 23 gêneros distribuídos em seis subfamílias. Apesar da enorme riqueza do táxon, apenas aqueles que incluem parasitas definidos como de interesse econômico ou sanitário receberam, durante muito tempo, investimentos financeiros e investigativos, como os gêneros Trypanosoma e Leishmania. Hoje, a descrição de novas espécies e unidades taxonômicas de Trypanosoma spp. em animais silvestres e novas questões sobre o T. cruzi, nos mostra que há ainda muitas questões a serem respondidas sobre a diversidade, ecologia e relações filogenéticas dentro deste gênero. À medida que novas espécies de hospedeiros e parasitas vão sendo descritas, as relações filogenéticas vão sendo alteradas, assim como o conhecimento sobre a diversidade de tripanosomatídeos. Existem numerosas espécies das quais não se sabe nada sobre a biologia no vertebrado, vetor, história evolutiva ou diversidade genética. Além disso, uma das formas de diagnóstico muito utilizada, a cultura de sangue acaba exercendo pressão seletiva sobre a população parasitária ou mesmo sobre espécies semeadas no meio favorecendo algumas e excluindo outras. Há, também, espécies de tripanosomatídeos de difícil cultivo nos meios tradicionais, até mesmo não cultiváveis. Diante desse cenário, nós temos como hipótese que espécies do gênero Trypanosoma spp. ocorrem com frequência em infecções mistas com outras espécies ou entre genótipos em mamíferos silvestres de vida livre. Com o objetivo de determinar e caracterizar a presença de espécies e genótipos de tripanosomatídeos em infecções simples e mistas de mamíferos silvestres de diferentes amostras biológicas e ambientes, neste trabalho usamos o sequenciamento de nova geração (NGS) por ser uma metodologia considerada mais sensível ao diagnóstico do que a PCR convencional na capacidade em detectar infecções mistas, de maior ocorrência na natureza. Além disso, o sequenciamento será realizado diretamente de amostra biológica (coágulos) e em diferentes estágios de cultivo (1ª alíquota e sedimento) para detecção de espécies e genótipos de difícil cultivo ou não cultiváveis. Esses resultados irão permitir um aumento no conhecimento sobre o espectro de hospedeiros e distribuição de Trypanosoma spp., a identificação de possíveis novas espécies/genótipos e correlações (parasito x hospedeiro x ambiente) e o perfil de infecção em diferentes hospedeiros e biomas.
Identificação e desenvolvimento de novos antígenos recombinantes para o diagnóstico sorológico da leishmaniose tegumentar
Bolsista: Sabrina Soares Silva
Orientador(a): Osvaldo Pompilio de Melo Neto
Resumo: Justificativa e relevância A leishmaniose tegumentar (LTA) é uma infecção mucocutânea caracterizada como doença negligenciada, responsável por mais de 90% dos casos de leishmaniose no Brasil [1]. O diagnóstico precoce é uma das formas de contenção da doença [2]. O diagnóstico parasitológico da LTA é considerado padrão ouro e envolve a detecção de formas intracelulares em amostras de raspagens, aspirados e impressão de fragmentos de lesões por coloração em lâminas fixadas. Este é um método invasivo e de precisão instável, dependente de fatores como período de infecção, qualidade de coleta das amostras e experiência do técnico responsável, apresentando ainda sensibilidade insatisfatória, de 43 a 70% [3]. Proteínas recombinantes, têm sido aplicadas ao melhoramento de testes sorológicos como alternativa aos testes utilizados, normalmente aplicados a ensaios de ELISA e têm demonstrado maior sensibilidade (95-100%) em relação a antígenos solúveis de Leishmania, que apresentam variações de sensibilidade de 1 - 97% [4]. Uma alternativa é o desenvolvimento de um teste sorológico baseado em proteínas quiméricas recombinantes, fáceis de incorporar e de baixo custo, a partir da seleção de epítopos. Para Leishmaniose Visceral, uma proteína quimérica (Q5) utilizada na plataforma de ELISA apresentou sensibilidade alta (82%) para soros de humanos, tornando a estratégia de genes quiméricos uma alternativa eficaz para diagnostico [5]. O uso de antígenos recombinantes tem mostrado estabilização na precisão dos resultados em testes imunoenzimáticos para LTA, além disso simplificam processos de obtenção e padronização. Logo, o projeto busca a identificação e utilização de epítopos alvos para criação de proteína quimérica e sua utilização em teste rápido. Objetivos 1 Pesquisar proteínas recombinantes na literatura para elaboração de proteína quimérica rica em peptídeos para células B; 2 Identificar antígenos a partir do extrato bruto de L. braziliensis; 3 Produzir antígenos recombinantes e quiméricos; 4 Avaliar a eficiência no diagnóstico sorológico; Metodologia Será feita a pesquisa na literatura de proteínas recombinantes com sensibilidade e especificidade alta (>90%) para soros de pacientes com LTA, que serão submetidas a análises de predição através de bioinformática, visando identificar possíveis peptídeos antigênicos para formação de uma proteína quimérica. Após a construção dos genes quiméricos eles serão enviados para síntese química comercial. Em seguida, os genes serão subclonados em vetores de expressão (pRSETa e/ou pGEX-TEV) para produção das proteínas quiméricas, onde vão ser avaliados as melhores condições de expressas dessas proteínas. As melhores proteínas expressas serão purificadas por cromatografia de afinidade e avaliadas por ensaios de Western-Blot com soros de pacientes com LTA. As proteínas que tiverem o melhor reconhecimento com os soros de pacientes serão sensibilizadas em placas de 96 poços e avaliadas por ELISA para verificação da sensibilidade e especificidade das proteínas quiméricas. Referências [1] VASCONCELOS, Jairla Maria et al. Revista Brasileira de Análises Clínicas, [S.L.], v. 50, n. 3, p. 221-227, nov. 2018. Revista Brasileira de Análises Clínicas [2] Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar. Brasília: Ministério da Saúde; 2017 [3] BRITO, Rory Cristiane Fortes de et al. Applied Microbiology And Biotechnology, [S.L.], v. 104, n. 19, p. 8105-8116, 26 ago. 2020. Springer Science and Business Media LLC. [4] ZANETTI, A. S. et al. Revista do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo, v. 61, p. 1-11, 2019. [5] SANTOS, Wagner J. T. et al. Plos Neglected Tropical Diseases, [S.L.], v. 14, n. 7, p. 1-21, 27 jul. 2020. Public Library of Science
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